terça-feira, 30 de agosto de 2011

todo dia.

shiii!!
silêncio. cuidado para não barulhar tudo.
o silêncio sagrado nas coisas sagradas que morrem a cada dia.
cada dia morto, faz o sol dormir e a lua soberana aparece em silêncio.
ela não precisa de credenciais, convite ou avisos.
ela surge.
o silêncio aparece também. sem avisar. ele constrange. confunde. grita. ele aguça as vozes na minha cabeça
e elas só dizem Não.
Não.
Não.
Não.
não.
o barulho do gelo no fundo do copo, esconde o meu corpo. meu corpo no fundo do copo.
eu sabia que me encontraria lá.
duas. três. cinco. oito. oito doses suficientemente avassaladoras.
elas me destroem.
me fazem me ver no fundo do corpo.
e o gelo chupado, derrete minhas lagrimas gota a gota.
meu corpo gelado fica teimoso. se deita um pouco.
a cabeça entorna outro copo.
me esgasgo no corpo.
meu corpo sempre se engasga quando se vê refletido no fundo do copo.
a lua padece de va gar.
ela não morre. ela é fênix de todos os dias.
um dia ela aceita casar-se comigo e me leva com ela.
assim o sol não vai insistir em incomodar minhacara todo dia.

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