terça-feira, 30 de agosto de 2011

todo dia.

shiii!!
silêncio. cuidado para não barulhar tudo.
o silêncio sagrado nas coisas sagradas que morrem a cada dia.
cada dia morto, faz o sol dormir e a lua soberana aparece em silêncio.
ela não precisa de credenciais, convite ou avisos.
ela surge.
o silêncio aparece também. sem avisar. ele constrange. confunde. grita. ele aguça as vozes na minha cabeça
e elas só dizem Não.
Não.
Não.
Não.
não.
o barulho do gelo no fundo do copo, esconde o meu corpo. meu corpo no fundo do copo.
eu sabia que me encontraria lá.
duas. três. cinco. oito. oito doses suficientemente avassaladoras.
elas me destroem.
me fazem me ver no fundo do corpo.
e o gelo chupado, derrete minhas lagrimas gota a gota.
meu corpo gelado fica teimoso. se deita um pouco.
a cabeça entorna outro copo.
me esgasgo no corpo.
meu corpo sempre se engasga quando se vê refletido no fundo do copo.
a lua padece de va gar.
ela não morre. ela é fênix de todos os dias.
um dia ela aceita casar-se comigo e me leva com ela.
assim o sol não vai insistir em incomodar minhacara todo dia.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

re feição

tem sempre gente tentando me roubar. e eles me levam e me levam aos poucos.
sou consumível. se não me come, bebe e me ingere com tamanha satisfação
que eu nunca mais fico a mesma depois de engolida.
uns me mastigam.
maltratam.
outros preferem ficar com o meu gosto de mim em vossas bocas em meio a dentes azedos e uma saliva triste.
meu suor tem gosto de lágrimas e ao que me parece isso nunca impediu ninguém de me lamber.
eles gostam.
vocês também.
agora chega bem perto de mim que é assim mesmo que eu antropofágica em demasia me satisfaço.
comer quem me come
é um rito
um grito
e um afogo a mais.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Anyone else But you



You're a part time lover and a full time friend
The monkey on you're back is the latest trend
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

I kiss you on the brain in the shadow of a train
I kiss you all starry eyed, my body's swinging from
side to side
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Here is the church and here is the steeple
We sure are cute for two ugly people
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

The pebbles forgive me, the trees forgive me
So why can't, you forgive me?
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

I will find my nitch in your car
With my mp3 DVD rumple-packed guitar
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu du

Up up down down left right left right B A start
Just because we use cheats doesn't mean we're not
smart
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

You are always trying to keep it real
I'm in love with how you feel
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

We both have shiny happy fits of rage
You want more fans, I want more stage
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Don Quijote was a steel driving man
My name is Adam I'm your biggest fan
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Squinched up your face and did a dance
You shook a little turd out of the bottom of your
pants
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu du
But you

sábado, 20 de agosto de 2011

back in anger

vou encarar teu rosto aos poucos para não te disperdiçar.
vou te caçar com meus olhos e me sentir perseguida pela tua respiração na minha nuca.
vou fechar meus olhos e te ver embaixo de mim e depois sorrirei pro espelho.
você vai evitar me ver. me olhar. me perceber. você vai dissimular atenção alheia só pra ficar ao meu lado.
eu vou fingir não saber de nada disso.
vou fingir não sentir falta das tuas bobagens e do disperdício de espaço que sou sem estar ao seu lado
é como se eu não tivesse que estar aqui. não há mais razões.
agora minta aos meus olhos declarando sorrisos dizendo que nada nunca aconteceu.
deve ser menos doloroso pra você.

abracinho

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

gozo

me sentir livre dura muito pouco tempo. eu não consigo me comprometer. a vida me compromete. me mete e vai me metendo. eu fico refém viva. talvez a morte seja o resto de tudo.
eu deveria deixar isso aqui para todos verem. me sinto culpada pelos que não consigo mais desvendar.
eu gosto de controle. mas amo o descontrole. quer me foder?
me observe gozar.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

de volta

é. eu sei. eu volto. porque eu gosto do cheiro de reencontro.
 a impressão de salvar minha vida, meodeus. se eu não escrever eu vou me matar.
é como se minha vida não se resumisse mais a dinheiro e sexo.
meu corpo é invadido por inúmeros espiritos que eu não gosto de citar. fico temerosa aguardando um deles se manifestar e me esfaquiar como a mulher da janela no Rio.
eu não posso fazer isso.
sou muito bonita e cretina pra sair do mundo impunemente.
eu não vivo nada impune. gosto de um bom dedo apontado na minha cara para chupar e sorrir festejando orgulho.
é. eu sei. vadia e sem coração... de novo? me cansa viver essa fase. mas não há mais nada mais a ser feito.
parti meu coração duas vezes esse ano.
duas vidinhas desperdiçadas.
uma mais cretina do que a outra.
o último era tão perfeito que eu cheguei a acreditar em milagres.
o vagabundo. dono do olhar mais profundamente conquistador, a arrogância mais chata, os labios mais vermelhos e aqueles mamilos tão estumecidos.
um ar de ser meu o qual eu nunca tive. cobiçado. vagabundo. e tudo combinava tão perfeitamente em mim.
que, como disse, comecei a acreditar em milagres.
sabecomé? ciúme pra mim é pior que uma lama anti-erótica. é como mijar na cara do cara durante o sexo. é como pedir pra ele ligar no dia seguinte. é chato. é entediante. é fatal.
e isso somando ao fato que era impossível sair em público com o sujeito devido aos escandalos pisicóticos que ele realizava.
tão adorável e tão louco.
milagres não existem.
mas eu renasci.


aquele abracinho á todos ninguém.